O actor tem atacado pessoas que são como o seu personagem na série.
«Ele é louco, devia ser colocado num asilo e receber cuidados e tratamento de electrochoque para recuperar o seu cérebro, porque ele se foi, ele se foi. Ele é um idiota de merda», diz Cox veementemente numa entrevista durante a sua visita a Madrid para apresentar o início do fim da série. «Os ricos marginalizaram-se a si próprios, já não estão em contacto com o mundo», diz ele.
Nomeou homens de poder como Donald Trump e Elon Musk.
O britânico também aproveitou a oportunidade para apontar outros nomes de grandes magnatas, para além do ex-presidente dos Estados Unidos. «Elon Musk pode esconder-se por detrás do facto de ser autista, mas não está a fazer nenhum favor ao autismo. Penso que ele está a ser estúpido, e isso não é autismo, é apenas estupidez. A forma como ele está a lidar com o Twitter e tudo isso», critica o intérprete. «O poder é a manifestação do dinheiro», diz ele.
Também valoriza o trabalho das figuras na esfera do poder.
Ao mesmo tempo, Cox qualifica que algumas pessoas ricas têm sido capazes de se adaptar e fazer as coisas bem. «Bill Gates, em muitos aspectos, tem-no utilizado incrivelmente bem. O seu sentido do mundo é bastante bom. Ele tem os seus próprios problemas, os seus próprios problemas pessoais e domésticos, que não me interessam. Mas o que ele fez, a meu ver, é algo que posso compreender, é positivo», elogia o actor veterano.
Os ricos estão fora de contacto com o mundo real
Cox refere-se então aos problemas de exploração enfrentados pelos trabalhadores em empresas como a Amazon ou a Starbucks. «Eles fazem uma fortuna. Claro que é a visão de uma pessoa que a faz, e não quero desacreditar nada disso, tendo uma certa visão e fazendo-a. Mas é o sentido da realidade, o sentido de saber onde se está no mundo. Infelizmente, isso perde-se em certos casos. Não em todos, mas em alguns. É disso que se trata também a nossa série», diz ele.
O actor deu uma palestra na Academia de Cinema Espanhola.
Durante a sua visita a Espanha, Cox deu uma palestra na sede da Academia de Cine em Madrid, onde assinalou que o cinema hoje em dia é apenas imagem, deixando de lado o texto. Uma reflexão que aprofundou ao comparar o cinema da década de 1930 com o de hoje. «Imagem e texto estavam em equilíbrio. Vê-se filmes como todos esses filmes de Capra e há a sensação de que o texto e a visão andam de mãos dadas. Mesmo no de John Ford também. Penso que a família Marvel, e é compreensível…. Estas histórias funcionam melhor quando são alegóricas e nós podemos relacioná-las com as nossas vidas», sugere ele.
Diferencia os filmes pelo seu equilíbrio
«É por isso que eu gosto tanto dos «X-Men 2″. É um grande exemplo disso porque é Bryan Singer a falar da sua própria experiência de ser gay num mundo em que é mais aceitável do que era antes. Ele escreve sobre isso e é uma alegoria do que foram os X-Men, pessoas que foram expulsas do resto do mundo. Isso funciona, está muito bem escrito», celebra, citando o filme em que interpretou o vilão William Stryker.
A estação final da «Sucessão» está a meio da emissão.
O primeiro episódio da quarta temporada de »Sucessão» estreou na HBO Max na segunda-feira 27 de Março. A juntar-se a Cox no elenco estão Jeremy Strong, Sarah Snook, Kieran Culkin, Alan Ruck, Matthew Macfadyen, Nicholas Braun e outros. A série vencedora multi-premiada é a criação de Jesse Armstrong, com Will Ferrell e Adam McKay como produtores executivos.